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A EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA LIBERTADORA EM PAULO FREIRE

  • Foto do escritor: Antonio de Oliveira
    Antonio de Oliveira
  • 19 de jul. de 2023
  • 25 min de leitura

Atualizado: 19 de set. de 2023


INTRODUÇÃO



Neste momento que impera entre nós a globalização neoliberal, a ideologia e pensamento único do mercado acima da vida, deve-se repensar e dialogar sobre estratégias e desafios para uma educação popular e libertadora. A educação como prática da liberdade enquanto proposta de transformação torna-se a reflexão crítica e a ação como parte de um projeto social, tornando o político mais pedagógico na tentativa de humanização da própria vida, sendo a educação uma forma de libertar a sociedade da opressão. Assim, o presente artigo buscará discutir sobre prática pedagógica e suas influências do ponto de vista de sua pedagogia libertadora, ou seja, a arte de educar como prática libertadora na perspectiva pedagógica de Paulo Freire, a fim de que se possa compreender com mais precisão a relevância dos mesmos na comunidade, bem como na sociedade. Neste momento que impera entre nós a globalização neoliberal, a ideologia e pensamento único do mercado acima da vida, deve-se repensar e dialogar sobre estratégias e desafios para uma educação popular e libertadora. A educação como prática da liberdade enquanto proposta de transformação torna-se a reflexão crítica e a ação como parte de um projeto social, tornando o político mais pedagógico na tentativa de humanização da própria vida, sendo a educação uma forma de libertar a sociedade da opressão. Assim, o presente artigo buscará discutir sobre prática pedagógica e suas influências do ponto de vista de sua pedagogia libertadora, ou seja, a arte de educar como prática libertadora na perspectiva pedagógica de Paulo Freire, a fim de que se possa compreender com mais precisão a relevância dos mesmos na comunidade, bem como na sociedade.


O artigo é dividido em três momentos. No primeiro momento do artigo, há uma a relação educacional como encontro entre seres humanos. Em todo processo de aprendizagem humana, a interação social e a mediação do outro tem fundamental importância. Conforme as abordagens de Paulo Freire, percebe-se uma vasta demonstração sobre esse tema e uma forte valorização do diálogo como importante instrumento na constituição dos sujeitos. Entende-se que cada ser humano, ao longo de sua existência, constrói um modo de relacionar-se com o outro, baseado em suas vivências e experiências. Dessa forma, o comportamento diante do outro depende da natureza biológica, bem como da cultura que o constituiu enquanto sujeito. Nessa perspectiva, é importante entender que a sala de aula é um espaço de convivências e relações heterogêneas em ideias, crenças e valores.


Iniciando o segundo momento do artigo, trata da educação como prática da liberdade. A educação libertadora para Freire é fundamental na prática revolucionária, pois ele divulga a necessidade de uma revolução para depois pensar em educação. A necessidade de uma pedagogia da libertação popular afirmar-se em nosso cotidiano, porque em nossos corpos, mentes e em toda a prática social está a pedagogia do opressor, que legitima uma prática domesticadora, negando o direito de ser do povo.


No terceiro e último momento do artigo, abordo a ideia da educação como ato de amor, ou seja, educar é preciso, mas com amor. Haja vista que é de fundamental importância entender, dentro conceito de Paulo Freire, que educar é amar. Amar é um ato de solidariedade, empatia e afeto, pois somente nesta perspectiva que é possível consolidar na sociedade um espaço democrático. Haja vista que educar com amor, não é apenas desejo, alegria, mas também ter empatia, ou seja, é um amor que se esquece de si mesmo e se doa pelo outro.


A RELAÇÃO EDUCACIONAL COMO ENCONTRO ENTRE SERES HUMANOS

Não há educação fora das sociedades humanas e não há homem no vazio (FEIRE, 1967). A capacidade de que o ser humano tem de se comunicar é incomparável com a de qualquer outra espécie na terra. Dentro de um contexto de uma época de relevantes transformações na sociedade brasileiro Paulo Freire (1979) ganha destaque quando afirma que “não é possível fazer uma reflexão sobre o que é educação sem refletir sobre o próprio homem”. A compreensão de Paulo Freire sobre a humanização do ser humano constrói-se como ontologia do ser. Ele entende que o ser humano é um ser inacabado em processo constante de humanização. Para Ele, Educação Libertadora é igual à humanização do ser humano. A razão pela qual se faz necessária a educação é a percepção humana do próprio inacabamento, da própria imperfeição, onde mediante desta, busca sempre ser mais perfeita. Tal busca deve ser feita pelo homem em comunhão com outros, haja vista que a busca solitária só leva em ter mais, no entanto, sendo menos, já a busca em comunhão resulta em ser mais.


Seu pensamento filosófico parte de um contexto concreto para responder as necessidades do cidadão. Na produção “conscientização: teoria e prática da liberação” (FREIRE, 1979), consta que uma das características do homem é que somente ele é homem. Somente ele é capaz de tomar distância frente ao mundo. Somente o homem pode distanciar-se do objeto para admirá-la. Objetivando ou admirando – admirar se toma aqui no sentido filosófico – os homens são capazes de agir conscientemente sobre a realidade objetivada. É precisamente isto, a “práxis humana”, a unidade indissolúvel entre minha ação e minha reflexão sobre o mundo.


A riqueza da concepção freiriana de educação está contida na afirmação de que os humanos educam-se em comunhão: “Ninguém educa ninguém, como tão pouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 2007). As nossas atividades são realizadas no mundo social, em situações concretas, e é através da relação entre seres humanos, nas suas diferentes modalidades, que realizamos muitas ações que nos interessam (KLEIMAN, 2006). São as ações sociais, com objetivos sócias e como modos sociais de interação, as que determinam, em grande medida, os tipos de atividades que podem ser realizadas, que tipo de contextos pode ser construídos pelos participantes, quais são as interações possíveis. Mas em qualquer instituição, até as mais inflexíveis e sedimentadas, há espaço para mudar, no dia a dia, situações que parecem imutáveis, pois os contextos não estão já dados, os participantes na interação criam, de fato, contexto de ação.


Um primeiro aspecto que se pode jugar importante ressaltar, a fim de resinificar a relação pedagógica, é este: o encontro entre educador e educando, antes de ser um encontro entre professor e aluno, é um encontro entre dois seres humanos. De um lado, um ser humano que, já mais avançado em idade e em experiência com a cultura construída, optou por ser educador e auxiliar o processo educativo de outros seres humanos, de outro, um ser humano que necessitando ser introduzido ao processo de construir, criticar e ressignificar cultura para poder construir-se a si mesmo como sujeito entre outros sujeitos, vai buscar na escola contribuições e perspectiva para tanto. Na expressão feliz de Miguel G. Arroyo (2001), o ofício de mestre, de pedagogo vai encontrando seu lugar social na constatação de que aprendemos a ser humano em uma trama complexa de relacionamento com outros seres humanos. Esse aprendizado só acontece em uma matriz social, cultural, no convívio com determinações simbólicas, rituais, celebrações, gestos. No aprendizado da cultura. De um lado, os adultos que vêm se fazendo humanos, aprendendo está difícil arte, de outro lado as jovens gerações que querem aprender a ser, a imitar os semelhantes. Receber seus aprendizados. Os aprendizados e as ferramentas da cultura.


Paulo Freire afirma ser o homem um ser de relações. Sua teoria pedagógica fundamenta-se nesse movimento dialógico que enfatiza a relação de conhecimento, da cultura e da sociedade. Existe uma inter-relação entre cultura, educação e conhecimento, isto é, ambos se conjugam, pois a prática educativa constitui-se numa situação de conhecimento a educação, não importando o grau em que se dá, é sempre uma certa teoria do conhecimento que se põe em prática (BRANDÃO, 1992).


De acordo com Paulo Freire (1981, p.66), enquanto a ação cultural para a libertação se caracteriza pelo diálogo, “somo selo” do ato de conhecimento, a ação cultural para a domesticação procura embotar as consciências. A primeira problematiza; a segunda “sloganiza”. Desta forma, o fundamental na primeira modalidade de ação cultural, no próprio processo de organização das classes dominadas, é possibilitar a estas a compreensão crítica da verdade de sua realidade.


Para Paulo Freire, o ser humano é um ser de relações. E ainda, afirma a sua necessidade da estimulação da consciência reflexiva no educando para que este reflita sobre sua própria realidade, conseguindo assim que as relações deste sejam reflexivas, consequentes, transcendentes e temporais. Reflexiva à medida que busca contemplar sua realidade, transcendente pôr na sua reflexão conseguir projetar um futuro de acordo com seus desejos, tornando assim sua relação também consequente, e temporal por agir, perceber-se e fazer-se em seu tempo um ser social e histórico. O ser humano tende à educação. Educar-se é um imperativo ontológico, pois pertence à sua própria natureza e concretiza a potencialidade e a possibilidade, que lhe é peculiar, do vir-a-ser humano, uma vez que nasce inacabado, não pronto. O educar, e seus processos, são condições para a hominização, pois ao nascer, não passa de um projeto (ECCO & NOGARO, 2012).


É notório nos escritos freirianos que não existe apenas uma educação, mas educações, isto é, formas diferentes de os seres humanos partirem do que são para o que querem ser (ROMÃO, 2008). Educamo-nos, obviamente, na relação, na interação, no convívio com outros seres humanos. E é nesse processo que aprendemos a ser gente, porque convivemos com gente. Educar para Freire é construir gente, humanizar os humanos na luta em denunciar e superar os elementos desumanizadores. A defesa e a vivência de procedimentos interativos, no ato educativo, notória na teoria freiriana, é reafirmada por Miguel G. Arroyo (2001), educar sempre será uma relação de gente com gente, de adultos com crianças. Para Paulo Freire, o caráter renovador da educação está no caráter intrinsecamente renovado de toda a relação humana, entre humanos. Formamo-nos no diálogo, na interação com outros humanos, não nos formamos na relação com o conhecimento. Este pode ser mediador dessa relação como pode também suplantar essa relação.

Paulo Freire, acreditava que o ser humano enquanto estivesse vivo estaria nesse processo de relação de gente com gente, e nessa relação pode-se elaborar a construção do seu ser com o ato de educar e prática de humanização. Dessa forma, o ser humano torna-se mais humano e aprende a aprender através das relações humanas. E nesta proposição está inserida a relação educacional como encontro entre seres humanos que, em síntese, é, também, promover, nos sujeitos, a capacidade de interpretação dos diferentes contextos em que estão inseridos, bem como, qualificá-los e instrumentalizá-los para a ação, nesses contextos, objetivando superações, transformações (ECCO & NOGARO, 2012).


Para dar conta de uma educação humanizadora, que conscientize, promova transformações e liberte, observa-se que, Paulo Freire parte dos educandos. Não se firmou como educador pelas análises sociológicas ou antropológicas, políticas ou econômicas que nos legou, mas pela sua sensibilidade afinada, pedagógica para com os processos de poder ou não poder sermos humanos nessa realidade, por vezes tão desumana (ARROYO, 2001). Em relação a prática pedagógica, pode-se observar que o ato de educar não está para o treinamento e nem a ele se reduz. O ato de educar está para a formação, para a promoção dos educandos, seu verdadeiro sentido e significado.


A EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA LIBERDADE

Paulo Freire por sua andarilhagem em meio aos oprimidos do mundo, conhecendo seu modo de pensar, seu nível de consciência e condições de lidar com a realidade aponta-nos alguns caminhos que podem ser trilhados no sentido de discutir uma proposta educacional voltada à prática da liberdade. Desta forma, é possível fazer breves reflexões sobre os conceitos e fundamentos da educação para a prática de liberdade, com a perspectiva de envolver, neste processo, aqueles que comprometidos com as mudanças sociais evidenciam a aprendizagem voltada à autonomia e a libertação. A educação é essencial para o desenvolvimento dos homens e das mulheres no seio da sociedade. A busca é por uma educação libertadora, efetuada por meio da práxis, enquanto processo de ação e reflexão da mulher e do homem na história, no despertar de sua consciência crítica (AGOSTINI, 2015).


No momento atual o que impera na sociedade é a globalização neoliberal, a ideologia e pensamento único do mercado acima da vida, deve-se repensar e dialogar sobre estratégias e desafios para uma educação popular e libertadora. O pensamento de Freire sempre esteve voltado à problematização da educação enquanto instrumento de libertação do povo. A educação como prática da liberdade enquanto proposta de transformação torna-se a reflexão crítica e a ação como parte de um projeto social, tornando o político mais pedagógico na tentativa de humanização da própria vida, sendo a educação uma forma de libertar a sociedade da opressão (SILVA, 2018).


Pode-se observar que a teoria de educação como prática de liberdade de Freire repousa sobre uma afirmativa ontológica de que o aspecto definidor da existência humana é que produzimos história e cultura ao mesmo tempo em que a história e cultura nos produzem a historicidade das pessoas, é o ponto de partida.


Entendendo a “Pedagogia do Oprimido” como pedagogia humanista e libertadora, Freire pontua dois momentos centrais desta pedagogia: O primeiro, em que os oprimidos vão desvelando o mundo da opressão e vão comprometendo-se, na práxis, com a sua transformação; o segundo, em que transformada a realidade opressora, esta pedagogia deixa de ser do oprimido e passa a ser pedagogia dos homens em processo permanente de libertação (FREIRE, 2007).


A educação libertadora para Freire é fundamental na prática revolucionária, pois ele divulga a necessidade de uma revolução para depois pensar em educação. A necessidade de uma pedagogia da libertação popular afirmar-se em nosso cotidiano, porque em nossos corpos, mentes e em toda a prática social está a pedagogia do opressor, que legitima uma prática domesticadora, negando o direito de ser do povo. O diálogo em relação com a prática da liberdade requer que se retome a abordagem do diálogo como princípio pedagógico, o qual encerra possibilidades interativas e integrativas. Enlaçado a isso, temos a educação problematizadora como possibilidade de libertação fundamentada na crítica, que é produzida por meio da reflexão-ação-reflexão e da criatividade dos(as) humanos(as) que não podem autenticar-se fora da busca e da transformação criadora (FREIRE, 2007).


Pode-se observar que dessa forma, torna-se necessário descrever como os oprimidos podem se tornar capazes de desvelar o mundo da opressão. Para Freire, ao se iniciar o processo de libertação de opressores e oprimidos é preciso criar no oprimido a consciência de sua própria condição de opressão. Isto é, Freire citando Marx-Engels declara que “Hay que busca la opresión real, todavia más opressiva anadiendo a aquella la consciênca de la opresión” (FREIRE, 2007).


Neste sentido, Freire acrescenta a “Pedagogia do Oprimido” que, no fundo, é a pedagogia dos homens empenhando-se na luta por sua libertação, tem suas raízes aí. E tem que ter, nos próprios oprimidos, que se saibam ou comecem a saber-se oprimidos, um dos seus sujeitos (FREIRE, 2007). Nenhuma pedagogia realmente libertadora pode ficar distante dos oprimidos, quer dizer, pode fazer deles seres desditados, objetos de um “tratamento” humanitarista, para tentar, através de exemplos retirados de entre os opressores, modelos para a sua “promoção”. Os oprimidos hão de ser o exemplo, na luta por sua redenção (FREIRE, 2007).


Paulo Freire partia da situação concreta de opressão que estabelecia de relações de dominação e/ou de subordinação. Falar em participação e democracia, como na fase anterior, lhe parecia uma cilada. Ele identificou, então, realidades como opressão, dependência e marginalidade. Com o vocábulo “opressão”, Paulo Freire relembrou os mecanismos que condicionam o pensamento e a conduta do oprimido, a tal ponto deste interiorizar, idealizar e reproduzir o contexto de opressão. Por dependência, definiu o estado de ser para o outro das sociedades dependentes em relação à o outro, gerando uma cultura do silêncio. E ao nomear a marginalidade, quis identificar a violenta rejeição a que está sujeita grande parte da população, colocada à margem do sistema social e, por isso, oprimida de maneira alienante e desumanizante (AGOSTINI, 2015).


Para contrapor-se ao quadro acima, Paulo Freire propôs uma educação libertadora ou para a libertação. Trata-se de uma pedagogia que parte dos oprimidos, numa ação do homem sobre o mundo, com a meta de superar a contradição opressor oprimido, não a simples inversão dos papéis. Há diversas etapas a transpor para a realização desta meta. Paulo Freire (2007) descreve, até o momento em que os oprimidos não tomam consciência das razões de seu estado de opressão, “aceitam” fatalisticamente a sua exploração... O convencimento dos oprimidos de que devem lutar por sua libertação não é doação que lhes faça a liderança revolucionária, mas resultado de sua conscientização... (A própria liderança) chegou a este saber... por um ato total de reflexão e ação. Foi a sua inserção lúcida na realidade, na situação histórica, que a levou à crítica desta mesma situação e ao ímpeto de transformá-la. Assim também é necessário que os oprimidos... se insiram criticamente na situação em que se encontram e de que se acham marcados.


Nesse caso freire apresenta dois modelos, o de si próprio ou de desejo dentro do grupo dos oprimidos. Não faltaram dificuldades neste processo, tais como a autodepreciação, a falta de confiança e a conivência com o regime opressor. Isto resultava em atitudes passivas e alienadas, em vez de assumir a própria luta. E que só a redenção livra da opressão e do sofrimento. Dessa maneira, a prática pedagógica para fundamentar a prática da liberdade, requer enfrentamentos e decisões, não descuidando da articulação dos objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos e avaliação. Ele deixou claro que é importante adaptar o processo de ensinar e aprender ao contexto em que este ocorre e que deve sempre usar da criatividade, combatendo o sectarismo, pois, ao castrar a criatividade, defende a verdade absoluta e não acredita nas coisas acabadas, prontas, definitivas.


Sobre este pensamento Paulo Freire (2007), afirma que precisa ser, aquela que tem que ser forjada com ele (oprimido) e não para ele, enquanto homens e povos, na luta incessante de recuperação de sua humanidade. Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto de reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação, em que esta pedagogia se fará e refará. O grande problema está em como poderão os oprimidos, que hospedam o opressor em si, participar da elaboração, como seres duplos, inautênticos, da pedagogia de sua libertação.


Paulo Freire deixou claro que é importante adaptar o processo de ensinar e aprender ao contexto em que este ocorre e que deve sempre usar da criatividade, combatendo o sectarismo, pois, ao castrar a criatividade, defende a verdade absoluta e não acredita nas coisas acabadas, prontas, definitivas.


Assim sendo, o inacabado do ser ou sua inconclusão é própria da experiência vital. Onde há vida, há inacabamento (FREIRE, 2011). Aqui pode-se acrescentar quer o ser humano como um ser inacabado, ele precisa de motivação para ir sempre em busca de ajuda para a realização do processo. Logo, ele precisa encontrar propósito para sua vida.


Já quanto a finalidade para sua vida, Jung Mo Sung (2006) apud Silva (2009), declara que, o sentido é o que sente, o que segue ou se persegue e o que se compreende. Quando falamos do sentido da vida estamos tratando de duas acepções: direção e significado; isto é, se a vida tem uma direção (finalidade) que devemos seguir e se ela tem uma significação.


Em sua perícope Jung Mo Sung apresenta dois pontos fundamentais que colaboram para acrescentar a enunciação de Freire acerca do inacabado. Primeiro o ser humano precisa de uma direção. Segundo essa direção precisa de ter um sentido. Nesse sentido, a concepção educacional de Freire parte de um entendimento antropológico de que as pessoas são seres inacabados exatamente pela sua condição de seres culturais. Os seres humanos são indivíduos inacabados que vivem em um processo de busca contínua e de autossuficiência, ou seja, os seres humanos querem ser mais. Os seres humanos se vão formando em suas relações sociais. Sempre poderão saber, descobrir fazer coisas novas, diferentes; não se pode dizer que sejam obras “terminadas”, mas, pelo contrário, são seres em projeto, em mudança constante.


Na definição de Paulo Freire, o ser humano é um ser inacabado e consciente de seu inacabamento, portanto, um ser em constante busca, busca que implica um sujeito, um ponto de partida e um objetivo. O sujeito da busca é o próprio homem. Quando o direito de buscar de cada indivíduo não é tolerado, ele torna-se objeto. Como nós vivemos num certo tempo e espaço, o ponto de partida deve ser não só a pessoa, mas também o mundo (GADOTTI, 1996). Ele constrói sua pedagogia baseando-se na crença da igualdade ontológica dos seres humanos, enquanto seres capazes de crítica, autêntica, finitos, inacabados, históricos. Este ser temporalizado e situado, ontologicamente inacabado, sujeito por vocação, objeto por distorção, descobre que não só está na realidade, mas também que está com ela (FREIRE, 1979). Este princípio, que é de caráter antropológico e que explica o lugar do ser humano em seu universo natural e social, conduz a afirmação de que no “círculo de cultura” – a aula para a educação tradicional – o educando não é objeto, mas sujeito da educação. Este sujeito está “tornando-se” porque é inacabado e sua vocação sempre será “ser mais” (GADOTTI, 1997).


Ao diferenciar cultura e natureza, o autor provoca uma teoria crítica da construção educativa, uma vez que tudo que é cultural é socialmente produzido e pode ser problematizado. Assim, se a natureza é um dado, a sociedade é uma construção. Freire ressalta ainda que os seres humanos têm plena consciência de si e do mundo, daí surge a necessidade de se educar e reeducar tal consciência, tarefa essa que não é fácil (FREIRE, 1982).


Nelino Azevedo Mendonça (2008), comenta que o ser humano é um ser em construção e encontra-se sempre inacabado. Assim, entra a escola e a família como agentes dessa importante construção. Já Moacir Gadotti (1996), expõe que a educação visa a libertação, e se não consegue libertar, não cumpre o seu o próprio papel. Para Freire educar para a liberdade pode desconstruir o medo de aprender a ser mais instaurado no âmbito educacional pelo opressor, pois a dominação revela um amor patológico: sadismo no dominador, masoquismo no dominado. Porque o amor é um ato de valor, não de medo, ele é compromisso para com os homens (FREIRE, 1979). Uma vez que nada se pode temer na educação quando se ama. Haja vista que não há educação sem amor. O amor implica luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados não pode educar.


EDUCAR É PRECISO, MAS COM AMOR

Quando se dialoga acerca do amor na narrativa freiriana, entende-se que ele não se refere a qualquer tipo de amor. Em suas obras e na sua prática pedagógica o vocábulo amor tem uma originalidade toda especial. É bem verdade que a palavra amor na filosofia tem mais que uma palavra para definir o termo amor. Isso porque para eles amor não era só aquele sentimento quando estamos em um relacionamento amoroso. Os três tipos amores definidos pelos gregos e utilizados por muitos autores até os dias atuais são: eros, philia e ágape. Definir,frio e calor”, “fome e sede”, “saúde e doença” é fácil, mas, sendo o amor um sentimento tão íntimo e peculiar, torna-se complicado para nós humanos dar uma definição abrangente do amor.


Na língua portuguesa só consegue compreender o significado da palavra amor quando o termo está na frase, destarte, tem ciência qual é o significado da palavra no contexto que estar sendo usado. Paulo Freire foi um mestre e um líder na educação, e seus ensinamentos versavam sempre na lógica da amorosidade e do afeto. Dessa forma, que noção de amor Paulo Freire se refere na pedagogia problematizadora, liberadora e dialógica? Para entendê-lo somos quase que forçados a recorrer a três dimensões do amor sugeridas por três grandes mestres.


O amor de Platão,[1] o pai da filosofia, no diálogo “O Banquete”, define o vocábulo como eros que pode ser traduzido como desejo ou falta. Amor na ausência ou falta. Quem nunca ouviu a expressão "amor platónico"? Afinal, amamos mesmo o que desejamos. E não há quem não deseje. O que lhe faz falta, claro. Amor pelo que não tem, por exemplo: pelas metas e resultados a alcançar, pelo lucro esperado.


Eros se baseia no desejo pelo que não se tem, numa espécie de equação macabra que faz a vida oscilar entre a frustração de amar e desejar o que não se tem ou o enfado de ter o que não se ama mais. Amamos enquanto desejamos. A má notícia é que quando o desejo acaba é porque o amor acabou também, porque amor é desejo, é falta. Por essa lógica platônica, o amor pelo trabalho seria sempre no desemprego. Quem está desempregado deseja trabalhar, se esforça e sonha com isso. Quando finalmente consegue o emprego e fica com trabalho até as tampas, passa a desejar a folga e as férias. É preciso renovar o desejo, renovar a falta para alimentar o eros. O eros de Platão é o sangue no olho e a faca nos dentes do jargão do Recursos Humanos.


Aristóteles,[2] o pai da ciência, recorreu à palavra philia (alegria), para sua definição de amor, marcado pela presença. Philia, amor na presença, desta vez, pelo que já é nosso, pelo encontro vivido, pelo que alegra e pelo regozijo. Amor mais raro que o primeiro, certamente. Afinal, ir atrás do que se deseja é movimento de qualquer um. Mas conseguir se alegrar com a mesma mulher um quarto de século depois do matrimônio, aí, sim, já exige um pouco de sofisticação. É o amor pelo encontro, pelas pessoas que já estão ao seu lado, pelos filhos que você já tem e não os que você gostaria de ter, pelo emprego que já é o seu, e não aquele que você sonha. É o amor pelo cargo que ocupa, eu amo ser professor, administrado de empresa, coordenador pedagógico, fazer um curso de mestrado, de doutorado, etc.


O amor de Aristóteles é o amor pelo mundo, quando o mundo faz bem. Não é desejo, é alegria, ganho de potência e de energia vital diante de um mundo que já é o nosso. Nós temos que permitir que o amor de Platão possa se converter em amor de Aristóteles, para que cada pessoa possa ter prazer em servir o outro, não enxergando a felicidade apenas para um grupo de pessoas ou departamentos, mas alegre e encantado com a realidade que já é a sua, com os irmãos e amigos que já são os seus. A possibilidade de ser feliz na família, escola, na igreja, no trabalho é incompatível com expressões tão abundantemente repetidas como sair da zona de conforto. Mas há ainda um terceiro conceito de amor, é o amor de ágape.


Reflitamos agora numa terceira noção do amor, apresentado por Jesus Cristo, o amor ágape. O amor ágape não é eros, porque não é desejo de quem ama, nem é philia porque não se limita à alegria de quem ama. Ágape e um amor muito diferente dos dois primeiros, é amor pelo próximo por qualquer um. Por isto mesmo, não se confunde nem com o desejo nem com a alegria de quem ama. Afinal, não desejamos qualquer um, depois de uma certa idade, não sei não. Tampouco nos alegramos com qualquer um. Como seria boa a vida e a convivência se assim fosse. Ágape é afeto do amante centrado no amado. Deus amou a humanidade. Que por ele e sua alegria muito fará. Amor que faz bem a ambos, faz bem demais. Tanto no desejo quanto na alegria o que importa é quem ama.


Com o amor ágape é diferente: O que importa no amor ágape não é o desejo ou a alegria de quem ama, mas a alegria do amado. Por alguma estranha razão, no amor ágape, você que ama recua para que o amado avance. No amor ágape, o outro comanda o espetáculo, o amado é o centro de gravidade do afeto. É o exemplo do amor de Deus pela humanidade na narrativa do quarto evangelho (João 3:16)[3] e na carta universal onde descreve que Deus é amor (1 João 4:8).[4] Essa é a ideia de um amor desinteressado, diz Sponville (1995) apud Silvia (2009). Um amor que carece mais de nada, pois ele basta a si mesmo. Um amor que não é falta, nem depende do amor do outro para existir. Não é eros nem philia, mas é ágape, que se esquece de si mesmo e se doa pelo outro.


Após refletimos acerca dos três conceitos de amor, eros, philia e ágape, podemos refletir em qual dos vocábulos está firmada a pedagogia dialógica de Paulo Freire. Uma vez que que ele foi um mestre e um líder na educação, e seus ensinamentos versavam sempre na lógica da amorosidade e do afeto. Sendo ele amoroso, que tipo de amor ele sentia pelas pessoas ao ponto de investir sua em causas educacionais tão convictas?


O princípio humanizador baseado no amor, no afeto, no respeito é a essência das obras de Freire, e, devemos reconhecer que é humanamente correto. Frente a isso, deparamo-nos com a instigadora provocação: quais as possibilidades de vivenciar uma educação humanizadora numa sociedade assinalada por situações desumanizadoras? A possibilidade está em conceber e orientar as ações pedagógicas por princípios e valores humanizadores (ECCO, 2012).


Paulo Freire em sua obra “Educação como Prática da Liberdade” (1967), declara que: a educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa. Pode-se observar que em suas palavras e sua prática elucidam que o maior e mais bonito expressão do ato de educar é a solidariedade. Quem educa expressa solidariedade e amor aos educandos e à sociedade. Algo incomum para um sentimento platônico, não é... por quê? Porque a educação é a manifestação do ato. O amor é o princípio do processo pedagógico (DICKMANN, 2020). Numa sociedade marcada pela educação oprimida, agressiva, conservadora, centralizada na figura do professor e na estrutura da escola tradicional, educar é um ato de amor, é um ato de coragem, de ousadia, de afeto porque ousa subverter esta estrutura. A luta contra as injustiças é, para Freire, um ato de amor dos oprimidos, dos esfarrapados do mundo, dos condenados da terra e daqueles que com esses se solidarizam realmente. Ao lutarem pela restauração de sua humanidade, os oprimidos se oporão ao desamor contido na violência dos opressores. Como poderão os oprimidos, que hospedam o opressor, participar de uma pedagogia de sua própria libertação? Portanto, é a partir do reconhecimento do opressor que existe no oprimido, que esse deixará de ser um condenado em seu próprio território e enxergará em sua cultura os saberes fundamentais para a contestação da dominação imposta. Certamente é contra esse aprisionamento do oprimido em seu território que advoga a pedagogia freiriana quando propõe que na perspectiva dialógica se deva partir da experiência do educando, de sua cultura e dos conhecimentos presentes na vida comunitária no momento em que se inicia o processo ensino-aprendizagem (PADILHA, 2019).


Entender que educar é um ato de amor e afeto, pressupões ações dos educadores e educadora que afirma essa expressão. Viver a educação na sua essência é promover a aceitação das diferenças. Recusar fortemente qual forma de discriminação de gênero, raça, origem e classe social (CARVALHO, 2007). Paulo Freire 2011) em “Pedagogia da Autonomia” faz uma bonita e tocante afirmação: A prática preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia (FREIRE, 2011). O Amor se concretiza e afirma-se a partir da aceitação do que há de diferentes. Amo e por esse motivo, respeito seu direito de ser. O amor é uma tarefa do sujeito. É falso dizer que o amor não será retribuições. O amor é uma intercomunicação íntima de duas consciências que se respeitam. Cada um tem o outro como sujeito de seu amor. Não se trata de apropriar-se do outro (FREIRE, 1979).


Possivelmente consigamos falar de um amor que espera na em troca. É muito comum dizer que a quem realiza um ato por amor não espera retribuição da pessoa amada. Para Paulo Freire (1979), e afirmação é falsa. Em relação a isso ele declara o seguinte: o amor é uma tarefa do sujeito. É falso dizer que o amor não espera retribuições. O amor é uma intercomunicação íntima de duas consciências que se respeitam. Cada um tem o outro, como sujeito de seu amor. Não se trata de apropriar-se do outro.


Compreende-se que para educar é preciso reconhecer o outro como sujeito e não objeto. Pensar em um mundo mais justo, uma educação com amor, democrática, humanizadora é pensar em um mundo onde os homens amem, pois não se faz educação democrática sem amor, assim como não se faz homens sem o outro homem; pensar em um mundo democrático consiste em pensar o homem como ser reflexivo, transformador e conhecedor de sua própria história enquanto sujeito social.


Através dos escritos, verifica-se que Freire sempre foi muito insistente para com o foco pedagógico no contexto de educar com amor. Haja vista que foi a sua experiencia de vida que transformou Paulo Freire em um ser humano amoroso a ponto de doar para defender as pessoas oprimido. Uma vez que ele percebeu que ser pobre não significa que estar eternamente condenado à opressão, ficar à margem da sociedade. Para Freire, o amor do opressor se tolhe e se limita pela sua própria condição de opressor. Aqui, o mais banal, o mais vulgar é também o mais verdadeiro: se amasse, não oprimiria; aquele que ama, não conheceria razão para oprimir.

O amor do oprimido, por outro lado, por não ter limites, torna-se por isso mesmo, a sua grande força, a sua extraordinária potência singular, diferencial. De algum modo, é isso o que se diz: só se pode amar enquanto oprimido, da posição do oprimido. E, talvez, não seja o caso de se confundir simplesmente essa condição a uma posição social de opressão. É antes uma posição ‘transcendental’. Em qualquer situação, o que oprime, ama menos. E o oprimido, por outro lado, só pode amar. Caberá então ao oprimido, na condição daquele que ama-mais, buscar, através e a partir dessa condição mesma, a possibilidade de sua libertação (MAIA, 2020).

E é nesta linha que Freire concebe o diálogo, como um encontro por meio da mediação do mundo e cujo objetivo é dar um nome a este mundo. Mas este encontro para “dar um nome ao mundo” - e aqui Freire volta a insistir na virtude-base de todo diálogo libertador – não pode prescindir do amor. O amor é a base do encontro dos homens que procuram tornar o mundo mais humano. E, então, com estas coordenadas, “encontro”, “mundo mediador” e “amor”, Freire parte para a sua definição de diálogo: “um encontro amoroso dos homens que, mediatizados pelo mundo, o pronunciam, isto é, o transformam e transformando-o, o humanizam para a humanização de todos (JORGE,1979).


Paulo Freire colocava o amor e a esperança como valores fundamentais da educação. Dedicou toda sua vida na divulgação da pedagogia do amor, através de ações concretas, inspiradas na dimensão social, ética e crítica-reflexiva. Nesta vivência dinâmica e dialógica é que se faz nascer à beleza do processo de ensinar e do aprender. A pedagogia do amor tem um caráter do cuidar da pessoa na sua totalidade e na sua integralidade. Possivelmente seja um atrevimento, mas nas breves reflexões apresentas descrevem que o amor que Paulo Freire tinha pelo povo não é apenas um amor éros; nem philia, mas um amor ágape. O amor de doação até o extremo, porque tem um compromisso com que ama. Um amor que se doava a si mesmo por uma causa, um amor que enfrenta o sacrifico para desistir da pessoa amada que precisa de liberdade. Um amor que renuncia a sua própria vida, de viver os seus sonhos para se empenhar em viver o sonho libertador de um povo (SILVA, 2009). Paulo Freire coloca diversas exigências, as quais se constituem componentes essenciais de todo diálogo libertador. Esses componentes essenciais são: o amor, a humildade, a fé e confiança nos homens e a esperança. A partir disso, Paulo Freire não admite que os homens que não sejam capazes de comunicação porque, por natureza, são comunicação (AZEVEDO, 2010). Ora, os homens se comunicam pela palavra e, para Paulo Freire, toda palavra autêntica é práxis e a prática é ação e reflexão dos homens sobre o mundo com o objetivo de transformá-lo através do educar com amor.


CONCLUSÃO

Os seres humanos, como seres inacabados, estão num processo de busca contínua de autorrealização. Isto é, os seres humanos querem ser mais. Entretanto, a história demonstra que por diversos motivos e de diversas maneiras são impedidos por outros seres humanos de cumprirem sua própria vocação ontológica. Em meio a um turbilhão de problemas, a educação deverá ser uma potencializadora da esperança humana, capaz de continuar auxiliando para a modificação de condutas, sempre para o bem da sociedade, em busca de nos fazermos sujeitos melhores. Paulo Freire foi um educado preocupado com a situação das pessoas oprimidas no mundo. Suas obras evidência que a educação problematizadora, libertadora tinha como objetivo conduzir os educandos ao seu processo de libertação, o qual acontece à medida que educando e educador se deparam com os reais problemas da sociedade e juntos procuram uma possível solução. A pedagogia de Paulo Freire fala da beleza da luta política, do aprender, do compromisso pedagógico, do processo ensino e aprendizagem. Freire deixa uma importante mensagem aos educadores que desejam plantar a semente de uma proposta pedagógica ética: A prática de pensar a prática é a única forma de pensar certo. Educar para a liberdade pode desconstruir o medo de aprender a ser mais instaurado no âmbito educacional pelo opressor, pois a dominação revela um amor patológico: sadismo no dominador, masoquismo no dominado. Freire colocava o amor e a esperança como valores fundamentais da educação, acreditando no poder da educação e por isso grande. Seu maior legado: a esperança!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AZEVEDO, José André. Fundamentos filosóficos da pedagogia de Paulo Freire. Akrópolis Umuarama, v. 18, n. 1, p. 37-47, jan./mar. 2010.


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NOTAS: [1] Platão (c. 428/427 - Atenas, 348/347 a.C.), os seus primeiros passos na Filosofia foram dados sob a influência da doutrina hera­clitiana.

[2] Aristóteles nasceu em (384- 332 a.C.) na pequena cidade de Estagira, na região norte da Grécia continental, junto à Trácia e a Macedônia.

[3]Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

[4]Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor”.1 João 4:8

 
 
 

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